20 de abril de 2010

PIOLHO NO CANARIL

Um dos males que afectam muitos canaris, sobretudo na época das criações é, sem sombra de dúvida, o famoso piolho vermelho, (a criaturinha abaixo é uma foto retirada do site repelentebird.com.br) que literalmente arrasa com qualquer postura. De um modo geral o piolho vermelho ataca as aves durante a noite, altura em que estas se encontram a descansar e, portanto, mais acessíveis, banqueteando-se a sugar-lhes o sangue. Durante o dia este àcaro esconde-se nos intersticíos dos poleiros, nas frinchas, nos próprios comedouros, enfim em tudo que seja um espaçozinho onde se possa meter.

O mal, maior, é que por vezes um criador menos atento, ou inexperiente, tarda em dar conta destes hóspedes indesejáveis e quando dá por ela já se foi um ou dois filhotes que estavam no ninho, quando às vezes não vai também a fêmea que está a chocar.
Apesar de nos fóruns se falar constantemente deste problema e de formas, mais ou menos eficazes, de o combater, a verdade é que ainda há muita gente que não sabe o que fazer quando, aflita, vê os seus passarinhos cravejados do dito piolho!

Coincidência, ou talvez não hoje, pelas 18:00 horas, telefonou-me um senhor, do Alentejo, que não sabia o que fazer a uma praga de piolho que lhe apareceu no canaril e já lhe matara um filhote no ninho, estando outro em vias de também morrer.
A exemplo do que fiz com a papa para criação vou, aqui, dizer o que na minha opinião previne, quase a 99,9%, o aparecimento não só deste mas também de outros ácaros ou piolhos.
Como método preventivo:
  1. Manter as instalações e gaiolas sempre limpas (a limpeza é fundamental num canaril);
  2. O espaço onde colocamos os canários deve ser sempre bem arejado, sem correntes de ar;
  3. Por fim a prevenção, pulverizando regularmente as gaiolas (eu faço-o uma vez por semana, ou seja, sempre que faço limpeza).

Como forma de combate:
  • Em caso de infestação porque, infelizmente há bastantes anos, também já me aconteceu, o meu primeiro passo é misturar uma tampa do produto Insectornis em meio litro de água e, utilizando um pulverizador, borrifar todas as gaiolas, mesmo com os progenitores e os filhotes no ninho, independentemente do tamanho que têm.
  • De seguida com mais uma ou duas tampas de Insectornis faço uma pasta e pincelo as gaiolas, com particular incidência nos intersticios.
  • O passo seguinte é ver os canários com piolho; tendo o cuidado de proteger os olhos da ave dou-lhe uma borrifadela pelo corpo e, nos que têm ninhos, obviamente que procedo à troca dos ninhos infestados por outros limpos. Os infestados são imediatamente metidos em lixivia e posteriormente escaldados.
  • Depois destes passos nos dois dias imediatos borrifo as gaiolas e as aves próximo do anoitecer. Com sorte no terceiro dia temos o canaril livre destes hóspedes indesejáveis.

Eu, já há algum tempo que, com êxito, por altura as criações faço o seguinte:

  • Ao colocar os ninhos na gaiola, pulverizo a parte de plástico com um pouco de Caniaves e por cima do pó coloco o ninho de corda.
  • Quando a fêmea terminou de fazer, completamente, o ninho e pôs já o primeiro ovo, ao trocá-lo pelo ovo de plástico, ponho 5 gotas, mais ou menos em cruz, de Parasita, da Bogena, no ninho e deixo a fêmea assapar. Até hoje tem sido remédio santo.

Já utilizei todos os produtos que apresento junto a esta prosa com excepção do Frontline, que sei há quem use com êxito. Enquanto me der bem com estes produtos que estou a utilizar seguirei a máxima do futebol que é: em equipa vencedora não se mexe.

Como já disse, todas as semanas pulverizo as gaiolas, com Insectornis, é que se por acaso algum malandrito por lá aparecer, além de dar cabo dele evito, com a pulverização semanal, que os ovos por ele colocados venham a eclodir e deem origem a uma infestação.

Todos os produtos que aqui refiro, passe a publicidade, comigo sempre deram resultado, mas cumpro, dentro do possível, os três passos que cito como preventivo contra as infestações. Sempre utilizei Caniaves, ainda antes de ter este nome, junto com outros insecticidas, o Tabernil foi o primeiro que utilizei, depois utilizei o Men For Sun, antes utilizei um outro cujo nome não me recordo, mas também já não existe, actualmente utilizo o Caniaves, o Parasita e o Insectornis, conforme refiro acima.

16 de abril de 2010

PAPA DE CRIAÇÃO

Por experiência sei que o que funciona comigo, em termos de métodos de criação de canários, pode não funcionar ou dar o mesmo resultado se utilizado por outro criador. De um modo geral os métodos de criação são similiares, havendo ligeiras variações, mas sempre com o mesmo fim; a obtenção do melhor resultado possível.
Também já tive a minha fase de fazer perguntas, antes da Net, a criadores que sabiam mais do que eu, com o aparecimento da Net a fazer pesquisas, por blogues, fóruns, artigos e mais uma panóplia de sites vocacionados para a criação de aves.
Tudo isto bem a lume porque há dias uma pessoa que segue este blogue - ao ler isto ele saberá a quem me refiro - e que é iniciante nesta coisa da criação de aves (vim depois a saber que se está a inicar na raça do Canário Arlequim Português) disse-me mais ou menos isto: "- Sabe ando a seguir o seu blogue estou a seguir os seus métodos e estou satisfeito com o resultado!". Esta simples frase soou como um sinal de alarme na minha mente. Porque apesar de ter a noção das pessoas que diariamente acorrem a este espaço e apesar de ter o maior cuidado em tudo o que escrevo, o que transmito neste espaço são os meus parcos conhecimentos e as minhas opiniões pessoais.
Tenho este blogue pelo prazer que me dá partilhar os meus passarinhos, bons ou menos bons, com quem me segue e visita este espaço, pelo prazer que tenho em emitir a minha opinião sobre várias matérias em alguns casos discordando noutros concordando com opiniões de outras pessoas, sempre de forma sadia, responsável, e salutar; mas confesso (que além de ter gostado de saber que ajudo alguém) não me passou pela cabeça que houvesse pessoas a seguirem os meus métodos.
Por o que atrás disse vou colocar a seguir o "esquema" que este ano estou a utilizar para a papa que dou aos canários que têm filhotes, alertando mais uma vez que o que para mim dá resultado pode não dar com outro. Comecei incialmente por dar só germinado e papa (o meu germinado é só semente de níger). Depois experimentei adicionar mistura cozida na papa e reduzi ao germinado e aconteceu uma coisa engraçada dois ou três casais andavam atrás dos filhotes para os alimentar e estes, saciados, fugiam o que me levou a concluir que as sementes cozidas enchiam demais os pássaros, além do perigo de azedarem mais rapidamente quando o tempo quente aparecesse. Assim, optei por seguir o método que de certeza muitos utilizam mas poucos divulgam que consiste no que a seguir explico, passo a passo:


1 - Calculo aproximadamente a quantidade de mistura normal de canário que vou precisar para o dia seguinte e coloco-a numa vasilha adicinando-lhe água até a cobrir, ficando assim por 24:00 horas;

2 - Calculo a papa que vou dar aos canários que têm filhotes e coloco-a numa vasilha;

3 - Adiciono à papa, depois de bem escorrida, a mistura que ficou de molho desde o dia anterior;

4 - A papa depois de bem envolvida com a mistura fica com o aspecto da foto acima.

5 - Como por muito bem que se calcule sobra sempre papa adiciono, à papa com mistura humedecida, uma colher rasa de sopa de mistura seca; (mais abaixo explico porquê)



6 - Depois dos 5 passos acima referidos junto, finalmente, o germinado (no meu caso semente de níger);

7 - Aspecto final da papa, pronta a dar aos casais que têm filhotes.

Porque junto a mistura de sementes secas na papa? Simples, mal aos pais não faz, porque a dão às crias e estas quando saiem do ninho e começam a debicar depois de comerem as sementes mais amolecidas vão "treinando" a descascar as duras e começam a comer sózinhas bastante mais cedo. Para além disso a papa que sobra vai para a voadora onde os juvenis se deliciam com ela.

Como veem uma maneira simples e eficaz de se aproveitar tudo.

2 de abril de 2010

CONHECEMOS AS NOSSAS AVES?...

Porque o saber não ocupa lugar, alguns dos nomes eu desconhecia por completo, e porque acho interessante aqui deixo, à curiosidade de cada um, os nomes dos orgãos e dos ossos que compõem o esqueleto das nossas aves e que encontrei na internet, ignorando o nome ou nomes dos autores.