27 de dezembro de 2011

CAMPEONATO NACIONAL DE ORNITOLOGIA 2011 CONSIDERAÇÕES SOBRE O CANÁRIO ARLEQUIM PORTUGUÊS


Nos passados dias 17 e 18 de Dezembro, respetivamente sábado e domingo, fui durante a tarde desses dois dias visitar com a calma possível o Campeonato Nacional de Ornitologia de 2011. Apesar de ter apreciado devidamente as aves expostas o meu natural gosto voltou-se para os canários de porte, com particular incidência no nosso Arlequim Português.

Claro que, como sempre nestes eventos, reencontram-se velhos amigos e conhecidos versando as conversas sobre... canários, claro. No sábado levei a máquina e deu para fotografar alguns arlequins, fazer uma foto com alguns dos amigos presentes e conversar com outros nem todos criadores de Arlequins, obviamente, apesar de destacar a presença dos arlequinistas e não só Carlos Ramos e Luís Pena, do Alcides Castro, do Mário Costa, do Maia Fernandes, do Conde Pinho, do criador de canários de cor Rodrigues, que me parece qualquer dia também passará a ter arlequins, e o amigo Paulo Fernandes, Juiz OMJ.

Da esquerda para a direita: Luís Pena, Armindo Tavares, Paulo Fernandes, Carlos Ramos e Rodrigues.

No domingo apareceram outras caras conhecidas e amigas Dário Oliveira, Rui Silva, os inconfundíveis, pai e filho, António Ferreira e Gonçalo Ferreira, Carlos Lopes, Paulo Maia, Nuno Silva, Honório Ramalho, Albertino Martins e muitos outros que, como eu depois de algumas "voltas" pela exposição se quedaram pela zona dos Canários Arlequins Português, trocando as mais diversas opiniões e considerações não só sobre os arlequins expostos mas, também, sobre exemplares que apareceram noutras exposições. Com pena minha não registei nenhum momento dessas conversas de domingo em fotos. 


Pessoalmente, e como já comentei anteriormente num outro tema que versava exposições, mantenho que de todas as exposições que visitei 40% dos canários arlequins português apresentados são de boa qualidade os outros... bom sobre os outros os criadores terão de ler atentamente o Standard do Canário Arlequim Português, aprovado pela COM, e trabalhar os seus canários em função desse Standard se quiserem evoluir.


Verifiquei nas várias exposições a presença de exemplares com um bom variegado, um bom tamanho, mas com um corpo e posição que nada tem com o pretendido pelo Standard do canário Arlequim Português. Penso, e pelo que me apercebi pelos criadores presentes não estou sózinho neste pensamento, que os senhores juízes estarão a dar demasiada importância ao tamanho do canário (que vale 15 pontos, tantos como os da poupa, cabeça e pescoço) e se estão a esquecer do corpo (forma) peito (que vale 20 pontos) que deve ser alongado, esguio e harmonioso e não curto, robusto e harmonioso como se tem visto em muitos exemplares.


Outra coisa que tenho reparado, apesar de neste aspeto se notar já alguma melhoria é a classificação de canários arlequim português (!) com direito a lugar no pódio sem a posição exigida no Standard, ou seja posição erguida (55º) e altiva, corpo bem elevado e cabeça levantada.


Nunca é de mais relembrar as pessoas, criadores e juízes, que o canário arlequim português É um canário de porte e, assim sendo, a posição (apesar de só valer 10 pontos, tantos como a cor) deve ser, na minha modesta opinião, obrigatoriamente, um item privilegiado pois contribuí e muito para ajudar a distinguir um canário arlequim português, dos canários "alecrim" português.


Apesar de eu me focar nos três ítens anteriores a cor (que só vale 10 pontos) variegada é de suma importância no canário arlequim português pois é a génese do seu nome, Arlequim, pelo que, se o canário deve apresentar distribuído pelo corpo igual percentagem de lipócromo e melanina, deverá dentro deste parâmetro, ser considerada a ave que disponha de maior variação de cores.


Esta é uma opinião pessoal, que vale o que vale, e é a minha forma de interpretar o Standard do Canário Arlequim Português, mas que me parece ser correta.

12 de dezembro de 2011

DIVISÓRIAS NAS JAULAS DE CRIAÇÃO


Este fim de semana, com particular incidência no sábado, passei-o em redor dos meus canários.

Há muito tempo que uma ideia germinava na minha cabeça, arranjar maneira de conseguir dividir as gaiolas de criação em duas metades, isto é colocação de baias divisórias, a fim de preparar o acasalamento dos meus canários por forma a evitar as normais "guerras" que acontecem quando se chega a fêmea ao macho na altura do acasalamento. A grande maioria dos companheiros de hobby utiliza esse esquema e sempre com bons resultados, para além de permitir na altura da criação separar os filhotes para um dos lados a fim de evitar picagens.

Tenho sempre o maior cuidado mas há sempre um ou outro passarinho que tem relutância em aceitar o/a companheiro/a que lhe destinamos e se dispusermos de uma divisória na gaiola podemos com mais segurança avaliar se aquele casal irá relacionar-se bem ou não, para além de outras situações.

Com uma boa possibilidade de ter de comprar frentes novas se o "truque" não surtisse efeito magiquei o seguinte: as frentes são compostas por três traves horizontais uma no cimo outra a meio e uma no fundo, sendo que a trave do meio serve de batente às portas em forma de guilhotina; assim limitei-me a calcular o meio da jaula e a cortar um elo na trave do meio e outro na porta, no mesmo local em que assentava na trave, verificando que a "estrutura" da frente aguentava perfeitamente.

O passo seguinte passou por adaptar uma rede, comprada para o efeito, nas medidas pretendidas para obtenção de uma baia o que fiz com relativa facilidade; passando então a colocar os machos para um dos lados e, com calma, a escolher quais as fêmeas a acasalar verificando o enquadramento do corpo, tamanho, posição e cor que se adaptaria ao macho escolhido. 

O resultado final foi bastante compensatório pois consegui fazer os casais e pô-los a namorar sem algumas das picardias a que às vezes assistia antes de utilizar este método tendo verificado que algumas das fêmeas, se não estivessem do outro lado da grade estavam bastante recetivas aos companheiros que lhes escolhi.

Já comecei a preparação para o acasalamento há cerca de duas semanas estando a segunda fase prevista para o próximo dia 20 e a última no final da primeira semana de Janeiro; se tudo continuar a correr como até agora a partir de meados de Janeiro começarei a retirar as divisórias para que os meus passarinhos deem asas à líbido e comecem a reproduzir-se.

Partilho de seguida uma perspetiva do viveiro com as divisórias já a separar os machos das fêmeas e alguns dos futuros casais reprodutores.




2 de dezembro de 2011

1.ª EXPOSIÇÃO MONOGRÁFICA INTERNACIONAL DO CLUBE DO CANÁRIO ARLEQUIM PORTUGUÊS

Da esquerda para a direita: João Paulo Teixeira, Nuno Silva, Armindo Tavares, François Vingolato, Maia Fernandes, Jorge Carlos Franqueira, José Caldeira, Mário Costa, Alcides Castro e Bruno Rocha.
No passado domingo fui, como muitos outros expositores, um bom bocado mais cedo até ao local onde o Clube Ornitológico de Esmoriz em parceria com o CCAP realizara mais um evento ornitológico, com a aliciante novidade de o CCAP levar a cabo a sua 1.ª Exposição Monográfica Internacional do Canário Arlequim Português.

Deixo aqui uma particular palavra de apresso para o staff do COE pelo empenho demonstrado na realização e bom andamento do certame e pela simpatia com que todos os elementos davam as boas vindas aos visitantes.

Andava por lá deambulando a ver e fotografar os canários arlequim pontuados quando um dos elementos, simpaticamente, se lembrou de reunir alguns dos criadores de canários arlequim português para tirarem uma foto de grupo, a qual partilho nesta postagem. Tive pena que outros criadores não tivessem também enriquecido a foto com a sua presença por terem chegado depois, como por exemplo os jovens Ricardo Oliveira e Pedro Pereira e ainda o novel amigo Carlos Lopes, o "veterano" Nelson Silva, Rogério Garcia ou Albertino Martins, entre outros.

Partilho seguidamente e aleatoriamente fotos dos canários que obtiveram pontuação para terem lugar no pódio, entre individuais e equipas, tendo propositadamente omitido o nome dos expositores porque algumas das fotos que bati não apanharam a respetiva ficha; como se publicasse o nome de uns, e de outros não, poderia levar a mal entendidos optei por esta situação.