23 de fevereiro de 2013

UM "MINI-BALANÇO"


Após a limpeza semanal que costumo fazer ao sábado nas jaulas dos meus passarinhos dediquei-me a "conferir" o que já tinha constatado durante a semana; esta época vai ficar bastante distante, em termos de aves nascidas, do ano transato.

Há, ainda, dois casais que estão relativamente aos outros ainda um pouco atrasados, contudo as posturas não estão a decorrer conforme delineara pois em todos os casais há ovos que não se encontram fecundados e em dois deles - com cinco ovos cada - nem um foi fecundado. Se, e este se é altamente duvidoso, me nascessem todos os ovos que estão debaixo das canárias ficaria com dezassete passarinhos, muito abaixo da média de 3 crias por casal que o ano passado atingi.

Estou inclinado que este pequeno insucesso se deve às variações constantes da temperatura pois o ano passado apesar de o tempo ser frio, por esta altura, não tinha variações tão bruscas e tão baixas como este ano nem tanta chuva.

À hora a que me predispus a vir aqui fazer este "mini-balanço" já no espaço dos canários não havia a luz do dia mas ainda deu para fazer as duas, más, fotos que publico abaixo da canária que há dias foi aqui noticia por causa do ovo atravessado.

Esta canária colocou um total de cinco ovos sendo 3 de postura normal, 1 que estava atravessado e que ajudei a expelir e dois dias depois deste mais um que colocou no fundo da gaiola e obviamente se quebrou. A postura deste último ovo leva-me a crer que a fêmea se encontrará completamente recuperada na próxima postura apesar de eu não a deixar criar mais este ano. Neste momento está a chocar os dois únicos ovos galados, dos 5 que colocou.

Vou aguardar a ver como decorrerá o resto desta primeira postura e fazer votos para que as próximas duas corram melhor.

Surpreendida pelo "fotógrafo"!
Aproveitando para desentorpecer as pernas.

20 de fevereiro de 2013

PARA OS ARLEQUINS, DE 2013


Impecável, aguardando os novos passarinhos, foi como - acho eu - ficou a minha voadeira "grande" após a ter pintado toda com esmalte aquoso. Todos os anos costumo dar uma caiadela às gaiolas de criação e voadoras para evitar o aparecimento da famoso piolho que costuma visitar um número significativo de canaris na altura das criações. O ano passado juntei à cal um pouco de tinta plástica com o fito de me facilitar a limpeza das instalações o que até foi conseguido; este ano arrisco um pouco mais e pintei tudo com tinta esmalte aquoso. Só o tempo dirá se tirarei alguma vantagem  desta mudança mas estou em crer que a mesma é benéfica pois ao pintar, bem, as gaiolas e viveiros a própria tinta vedou eventuais frestas existentes e ótimas para o piolho se esconder quando aparece e depois como se trata de tinta aquosa no fim das criações bastar-me-á (espero eu) passar uma esponja húmida pelas gaiolas para que as mesmas fiquem limpas; isto permitir-me -á que daqui a algum tempo não tenha necessidade de pintar gaiolas e viveiros todos os anos mas sim num hiato de tempo um pouco mais alargado.
Para já, e pelo menos à vista, torna-se mais agradável como se poderá verificar na foto abaixo.


15 de fevereiro de 2013

"...ÀS VEZES É BOM NÃO SE DESISTIR..."


No passado dia 5 falei, neste mesmo local, sobre uma situação que costuma acontecer a quem cria canários, o ovo atravessado ou retido, e isto porque um criador me tinha telefonado solicitando a minha ajuda para um destes casos. Mal sabia eu que me ia acontecer exatamente a mesma coisa com uma das canárias com que fiquei para reprodutoras, oito dias depois, com a agravante de desta feita a canária não conseguir expelir mesmo o ovo. 

Na quarta-feira dia 13, sensivelmente a meio da manhã, fui vistoriar os ninhos para trocar os ovos verdadeiros por falsos quando numa das jaulas me deparei com uma fêmea "morta" fora do ninho! Murmurando raios e coriscos com a pouca sorte (a fêmea já tinha colocado 3 ovos) peguei na canária e verifiquei que afinal estava viva mas incapaz de se mexer e com os olhos cerrados. Soprando para o uropígio verifiquei logo que não expelira o ovo porque se encontrava, literalmente, atravessado no oviduto.

Imediatamente comecei por lhe colocar com ajuda de um cotonete umas gotas de azeite no uropígio enquanto aquecia um pouco de água onde a iria colocar a apanhar o vapor, na esperança de que expelisse o ovo. Ao fim da primeira tentativa coloquei a canária, que já abria os olhos, no ninho e aguardei cerca de vinte minutos, repeti a tentativa mais duas vezes sem qualquer êxito; já estava prestes a desistir quando, por um feliz acaso, um providencial telefonema do Amigo Carlos Lima para tratar de outro assunto levou a que lhe contasse o meu desânimo pois ia perder a fêmea. O Amigo Carlos Lima, prestabilíssimo como sempre, depois de eu lhe contar o que já fizera sugeriu uma coisa que eu sabia, mas que nunca fiz, furar o ovo com um palito introduzido através do uropígio para facilitar à fêmea a expulsão do ovo uma vez que este, furado, tornar-se-ia mais "maleável" no oviduto. Preparei-me para fazer o que me fora aconselhado pois o destino da canária, se não expelisse o ovo, era a morte certa e assim poderia haver uma hipótese de sobreviver. 

Com a canária firmemente agarrada na mão direita voltei a soprar o uropígio e, levado por um palpite, tentei "virar" o ovo massajando suavemente a canária. Consegui que o ovo ficasse na posição correta (pensava eu) e preparei-me para o furar quando me apercebo que uma película de pele tapava completamente a cloaca. Algo não estava bem!

Observando minuciosamente o uropígio verifiquei que a "abertura" dessa película de pele se encontrava deslocada para o lado do dorso da canária (jamais conseguiria expelir o ovo, mesmo furado) e esse pormenor era impeditivo de que o ovo fosse expelido.

Pensei, agora é que é, se não morreres da doença vais morrer da cura, untei o mais possível com o cotonete embebido em azeite a minúscula abertura que via enquanto que com os dedos indicador e polegar pressionava a barriga da fêmea no sentido da saída do ovo. A abertura que eu via à medida que ia exercendo uma maior pressão ia-se alargando até que, finalmente, o ovo começo a sair... só que pela parte mais larga. Até nisto a pobre da canária tinha tido pouca sorte tinha-lhe posicionado o ovo ao contrário, mas saiu. Creio que eu estava mais aflito do que a fêmea que ficou manifestamente mais aliviada apesar de debilitada. Quando a ia a colocar suavemente no ninho para descansar e recuperar forças verifiquei que tinha algum sangue a sair do uropígio, pensei agora é que vai morrer, lavei-a cuidadosamente e verifiquei aliviado que não saía mais sangue colocando-a de vez no ninho.

Passadas mais de 48 horas do que acabo de narrar tenho a dizer que felizmente a canária está em franca recuperação e está sozinha (por precaução separei o macho) a chocar os quatro ovos dela.

É uma enorme satisfação poder partilhar com quem segue este blogue situações como esta, que acabou bem, pois às vezes é bom não se desistir porque pensámos que um passarinho está irremediavelmente condenado.

7 de fevereiro de 2013

JÁ COMEÇOU A POSTURA DA ÉPOCA 2013

Exatamente cinco dias após ter "feito" o acasalamento dos meus passarinhos fui, hoje, brindado com o primeiro ovo. Não sou supersticioso, e até nem desgosto do número, mas foi da Jaula com o n.º 13 que retirei o primeiro ovo da época 2013; uma coincidência que espero seja um bom augúrio!

Não contava que fosse tão rápido pois como semanalmente lhes coloco as banheiras (sempre à 4.ª feira) pensei que as posturas atrasassem um pouco mais.

Apesar  do frio ainda não nos ter abandonado, temperatura ambiente no espaço medeia entre os 10 e os 12 graus, com uma humidade relativa entre os 55 e 65 graus pelo que os passarinhos começam já a andar com a azáfama de fazer os ninhos, como sempre há uma ou outra fêmea mais atrasada e essas limitam-se a passear as palhas pela gaiola para desespero dos machos que as perseguem trinando insistentemente.

Como venho fazendo todos os anos no início da época partilho a foto "de família" dos meus doze casais reprodutores.



5 de fevereiro de 2013

OVO ATRAVESSADO versus RETENÇÃO DO OVO



"Tenho/tive uma canária com o ovo atravessado!" Esta é uma frase muito comum e frequentemente ouvida vezes demais entre os criadores de canários, muitas das vezes significa que se perdeu uma fêmea que estava no choco. Não vou acrescentar nada de novo para a maioria das pessoas que habitualmente acompanham este blogue, contudo de quando em vez sou surpreendido pois há sempre alguém que por este ou por aquele motivo têm desconhecimento de situações que para os mais experientes são, digamos assim, corriqueiras.

Hoje recebi um telefonema de um português radicado na Suiça, “aflito” porque tinha uma canária à dois dias num canto da gaiola porque não conseguia expelir o ovo e não sabia o que havia de fazer; o ano passado morrera-lhe uma com o mesmo problema. Expliquei-lhe um método que me foi ensinado já há longos anos com cerca de 98% de êxito e que, felizmente, mais uma vez deu resultado pois este patrício teve o cuidado de me ligar cerca de 30 minutos depois, bastante contente, dando-me a noticia de que a canária conseguira expelir o ovo apesar de o ter colocado no chão.

Não vou quantificar as várias situações que podem levar a que uma canária não consiga expelir o ovo apesar de as mais comuns serem provocadas por: excesso de gordura e excesso de cálcio ou inclusive por uma alimentação deficitária.

Há, descritas na internet, diversas formas de se ajudar uma canária a expelir um ovo que esteja atravessado e que por esse motivo não é expelido desde: massajar o abdómen da fêmea, tentar furar o ovo no oviduto e inclusive pressionar o abdómen da fêmea tentando recolocar o ovo na posição de forma a ser expelido. Sinceramente não ponho em causa que os métodos atrás referidos não sejam eficazes contudo considero que é necessária muita experiência para utilizar aquelas metodologias uma vez que são perigosas para a integridade física da ave.

O criador atento, na altura da criação, vigia diariamente os ninhos para controlar as posturas e facilmente se apercebe de que algo não irá bem com uma fêmea que não consegue expelir o ovo. De facto uma fêmea com este problema apresentar-se-á embolada geralmente num canto do poleiro e não raras vezes no chão, da gaiola. a um canto, com respiração ofegante e olhos mortiços. O que aconselho que se faça nesta situação, repito foi-me ensinado a mim e com enorme percentagem de êxito, é fazer o seguinte: arranjar um cotonete, um pouco de azeite, uma vasilha com água bem quente tapada com um pano e proceder da seguinte forma:

1.º - Embeber bem o cotonete em azeite de forma a ficar bem empapado;

2.º - Com o cotonete esfregar levemente a cloaca da fêmea para que, se possível, a mesma receba no seu interior duas ou três gotas de azeite.

3.º - Posicionar a fêmea com a cloaca sobre uma vasilha de água bem quente, (tapada com um pano pois a fêmea pode nessa altura largar o ovo), para que a fêmea receba o vapor da água diretamente na cloaca, mas a uma distância que elimine qualquer possibilidade dela se queimar com o vapor.

4.º - Depois do referido nos pontos 1, 2 e 3 se a fêmea não tiver entretanto largado o ovo colocá-la suavemente no ninho e aguardar que os estímulos efetuados com o cotonete embebida no azeite e com ajuda do vapor da água surtam efeito e as contrações da fêmea sejam suficientes para expelir o ovo.

5.º - É raríssimo ser necessário repetir todo o processo mas se a fêmea não expelir o ovo até 30 minutos depois de ter sido colocada na gaiola é de todo conveniente repeti-lo.

Espero e desejo que este texto sirva para ajudar os criadores mais inexperientes pois como disse, desde que o utilizo é altamente eficaz, talvez porque também deteto rapidamente esta situação.

1 de fevereiro de 2013

RESQUICIOS...

Vou, definitivamente, fazer os casais dos meus passarinhos amanhã, espero que se correr mal corra igual à época de 2012 que, para mim, foi excelente.
Estive a recarregar a bateria da máquina fotográfica para fotografar os reprodutores e arquivar em ficheiros e deparei com os restos de várias fotos que, penso, são do Internacional do Atlântico. Vieram mesmo a calhar pois estava sem tema nenhum para fazer a "atualização semanal" do blogue; assim partilho convosco algumas fotos.














Os meus maiores fãs e críticos.

Convém ver com atenção.

Para se poder fazer comparações.